sábado, 12 de agosto de 2017

CICLORIA (RIA DE AVEIRO)


Zona de Proteção Especial (ZPE), a Ria de Aveiro estende-se por uma área de 51 497 ha, dos quais 20 737 ha são de área marinha, distribuídos por vários concelhos da região do Baixo Vouga e que desde há muito faz parte do meu ideário “bttistico”.
A proposta apresentava-se como um estímulo à sua visitação, fazendo uso de um dia de férias, que se pretendia valorizado pelo uso da bicicleta.
A navegação foi feita com recurso ao GPS.
Saindo da Torreira, com a bússola a indicar o norte, transpondo o braço da Ria, que se prolonga até Ovar, pela ponte da Varela em direcção à Murtosa onde a invulgar paisagem vai alternando entre o azul da albufeira e o verde dos campos de milho.
Breve visita ao centro da Murtosa, com passagem pelo cais do Bico e progressão pela zona marginal até alcançar o cais da Cova do Chegado, de uma beleza indescritível, onde sobressaem os famosos “palheiros”.
Na Ribeira de Pardelhas entrei no Centro de Educação Ambiental, onde me foi facultada informação acerca do património natural do concelho e se disponibilizam gratuitamente bicicletas àqueles que queiram visitar o território municipal fazendo uso aquele meio de transporte.
Até Estarreja o percurso não parou de me surpreender. A fauna estuarina apresentou-se de uma diversidade tal que se tornou difícil elencar o número de espécies visualizadas.
Em Salreu, já no concelho de Estarreja, entrei no Centro de Interpretação Ambiental, mais até para obter informação sobre bares\cafés e onde os jovens monitores me facultaram duas garrafas de água fresca, a troco de 1 €.
Até Cacia o percurso chega a ser monótono pois evolui entre canaviais e caminhos vicinais, até alcançar a margem direita do Vouga.
De Cacia e até Aveiro pela movimentada e perigosa EN 109.
Atravessar Aveiro é, simplesmente, delicioso. Os moliceiros, convertidos em embarcações turísticas, conferem à cidade um ar cosmopolita.
A saída de Aveiro, em direcção às Gafanhas e porto comercial, fez-se pela margem norte da A25, com demorada visita às salinas.
Já no porto comercial, impressiona a gigantesca estrutura de logística marítima, onde sobressai o estaleiro naval, industria e navios, com quadros paisagísticos invulgares.
De caminho e, para terminar a visita, passagem pelo navio-museu “Santo André”. Antigo bacalhoeiro, em boa hora convertido em museu pela autarquia de Ílhavo e onde, na envolvente, decorria o festival do bacalhau. Parei e degustei uma deliciosa “chora” que mais não é do que uma sopa que era servida a bordo dos bacalhoeiros, feita à base de arroz (ou massa) e caras de bacalhau, a que, de vez em quando, se adicionava um naco de toucinho ou um pouco de chouriço.
A mim soube-me a sopa de marisco, com bacalhau!
A travessia para S. Jacinto foi feita de ferryboat, a troco de 2,00 €. 
A partir de S. Jacinto pela EN 327, marginal à Ria, com vento frontal a dificultar a progressão.

No final, 90 Km, registados no GPS, onde o acumulado ascendente se apresentou insignificante.

São dias como este que, eternamente, me prendem à bicicleta!




















Podem visualizar ou descarregar o TRACK do percurso AQUI

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