segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Peregrino por um dia


Caminhante, as tuas pegadas
São o caminho e nada mais;
Caminhante não há caminho,
O caminho faz-se ao andar.

Ao andar faz-se o caminho
E ao olhar-se para atrás,
Vê-se a senda que jamais,
Se há-de voltar a pisar.

Caminhante não há caminho,
Somente sulcos no mar


          António Machado (1875 – 1939), in “Cantares”


Fazer os “Caminhos de Santiago”, não é apenas um deslocarmo-nos de um ponto físico e geográfico A, para um ponto de chegada B.
Também pode ser isso, mas é muito mais. É passar por um conjunto de emoções, vivências e ansiedades que não sentimos em mais lado nenhum.
É passar por um processo progressivo de envolvimento e partilha que nos faz regressar diferentes e sempre com vontade de um dia voltar.

Cabo de Finisterra. Lugar mágico de ritos ancestrais, onde o divino se funde com o profano numa magnitude que chega até a ser perceptível aos órgãos sensoriais.
Local onde o peregrino se despoja das suas vestes. Epilogo do "Caminho".

O fortalecer da amizade.


Algumas imagens:






















































Sem comentários:

Enviar um comentário