terça-feira, 13 de agosto de 2013

1.ª Grande Classica da Francesinha

Esta 1.ª Grande Clássica da Francesinha, realizada no passado dia 11 de Agosto, foi a concretização de uma pequena loucura idealizada pelos nossos pontas de lança Pedro Tondela e Carlos Russo.
Ligar Figueira de Castelo Rodrigo ao Porto, em bicicleta de estrada, num único dia, era o grande objectivo, que se conseguiu superar com elevado sucesso.
Devo reconhecer que o projecto era deveras ambicioso e entusiasmante. 
Mas sabendo nós que tínhamos pela frente perto de intimidantes 250 Km!...
As expectativas eram na mesma proporção das hesitações.
A grande maioria de nós nunca tinha feito tamanha quilometragem num único dia.
Da parte que me toca direi que o meu máximo, num único dia, andaria pelos 130 Km e em btt. 
Portanto as apreensões eram mais que muitas!
Como iria reagir o corpo a tamanha carga de esforço? 
Quais os cuidados e precauções a tomar para superar com êxito esta empreitada?
Que obstáculos iríamos encontrar ao longo do percurso?
O certo é que encarei esta "aventura" com elevada serenidade.
Quanto a mim o grande sucesso desta aventura esteve na adequada gestão de esforço e na correcta hidratação, em especial na ingestão de água e bebidas isotónicas de forma a repor a água e os sais minerais perdidos durante o processo de transpiração (ou outras formas de excreção).
Cada um de nós deve ter ingerido mais de 10 litros.
 
Os heróis do dia foram:

                  Carlos Gonçalves
                  Carlos Russo "Ninja"
                  Pedro Tondela
                  Pedro Nunes "Alemão"
                  Tó Condesso
                  Luis Santos "Chapeiro"
                  Élio Simões
                  Leonel Alves, que veio de Leiria para nos acompanhar

 A quem se juntaram sete magníficos de Vila Nova de Foz Côa e viriam a revelar-se excelente companhia e a evidenciar já algum traquejo neste tipo de aventuras.

Pouco passaria das 5,00 Horas (da manhã) quando demos inicio à jornada.

A ideia inicial era andar o mais junto possível ao Douro, o que só em parte foi conseguido pois logo após Quinteiros o grupo da frente, devido a má leitura do TRACK, desviou-se do trajecto previamente definido, passando a ir em direcção ao Marco (de Canavezes) e não restou alternativa que não seguir-lhe na roda. Só em Vista Alegre retomaríamos o percurso previamente desenhado.
Quanto a incidentes: Apenas uns furos nalgumas "montadas" e uma ida ao "tapete" da minha parte e da qual viriam a resultar uns "riscos na pintura" (umas pequenas escoriações no joelho direito).
O grande obstáculo do dia acabou por ser a temperatura ambiente que na hora de maior aperto andaria um pouco acima dos 40 ºC.
Nota mais para o Douro e as suas paisagens. 

O Percurso: Figueira de Castelo Rodrigo\Vila Nova de Foz Côa\S. João da Pesqueira\Regua (onde transpusemos o rio Douro para a margem direita)\Mesão Frio (onde não entrámos)\Marco de Canavezes\Entre os Rios\Porto.

Já no Porto, sempre ao longo do rio Douro, seguimos até à zona da Ribeira onde, pelo tabuleiro inferior da ponte D. Luis I, alcançámos a outra margem (Gaia), prosseguindo depois por ecopista até à Madalena onde tomámos reconfortante banho no parque de campismo da Orbitur (2,90 €\pessoa) e tínhamos à espera repimpado jantar, previamente marcado, no "TAPPAS", onde nos entendemos muito bem com umas francesinhas (sei de um que se amanhou com 2 e ainda virou um prego, para acalmar), bem regadas com sumo (muito) de cevada.
Aquelas "leiteiras" estavam (simplesmente) divinais!
E as canecas...
Vai ser dificil esquecer este dia .. de puro e são convivio.
São dias como este que "eternamente" nos prendem à bicicleta!
Vamos já marcar a do próximo ano.

Um agradecimento muito especial ao Município de Figueira de Castelo Rodrigo que nos disponibilizou uma viatura de apoio (e respectivo motorista, que afinal era um dos nossos - David Paredes), ao meu cunhado, Agostinho Cavaca, ao Abilio e à Marilin (esposa do Pedro Nunes) por todo o apoio que nos prestaram.

Ao pequeno Diogo (filho do Pedro Nunes) que com o seu megafone, noutras alturas tão incomodativo, desta vez funcionou como musica aos nossos ouvidos. Era sempre com uma elevada sensação de alivio que ouvíamos aquele som tão peculiar.

Algumas fotos:

(Aqui nasceu a ideia da "Francesinha - Freixeda do Torrão)


(O grupo à saída de Figueira de Castelo Rodrigo)


(Depois de Vila Nova de Foz Coa)

(A soberba paisagem do Douro vinhateiro)


(Com o Pinhão ao fundo)


 (Pinhão)

 (No coração do Douro vinhateiro)





 (Barragem da Régua)




 (Transpondo o Douro pela velha ponte, agora pedonal)






 (Pausa para reposição de sólidos e de líquidos)






(Não é o que parece. Valter, velho conhecido do Luís é submetido a dolorosa sessão de alongamentos)


(Entre os Rios)

(Já nas proximidades do Porto)


(Já no Porto, bem junto da ponte do Freixo)


(Fazendo a descompressão ao longo do rio)


(No tabuleiro inferior da Ponte D. Luis I)


 (por 5,00 € estes "putos" mergulharam no Douro)





(Aqui os cinco magníficos a irradiar simpatia)




(A foto do grupo)
 

(Em direcção ao "Tappas", na Madalena) 









Resumo do dia:

Distancia percorrida: +\- 243 Km
Acumulado positivo: 3406 m
Acumulado negativo: 4068 m
Velocidade média: 23 Km/h

Gráfico de altimetria:

 
 Pode visualizar ou descarregar o TRACK aqui



quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Covilhã até à Torre, com passagem pelo Poço do Inferno

Esta foi mais uma típica "voltinha" de Verão.
Esteve agendada como sendo mais uma edição da já "clássica" Guarda\Mondeguinho\Guarda, que temos feito, com elevado sucesso, nos últimos três anos, mas que acabou por se transformar na repetição de uma "voltinha" que fizemos no ano passado e que consistiu na ligação Covilhã\Verdelhos\Poço do Inferno\Torre e que viria dar origem a uma crónica que pode ser visualizada aqui.
Na repetição desta "voltinha" estiveram presentes os mesmos do ano passado, a quem se juntou o Pedro Nunes (alemão) e o David Paredes, que fizeram o seu baptismo "bttistisco" até ao ponto mais alto de Portugal continental.
Voltinha em tudo idêntica à feita no ano passado, com excepção da descida da Torre até à Covilhã que, mercê do engano do Luís (Chapeiro), foi feita na sua totalidade por alcatrão.
O que acabou mesmo por ser relevante foram as dificuldades, de "última hora" com que nos deparámos no reboque que haveria de transportar as nossas "montadas".
Como apresentava algumas "mazelas" tive necessidade de o levar até ao serralheiro. 
Solucionado aquele pequeno problema mecânico aparentemente tudo o resto estava perfeito.
 Como éramos seis praticantes tentámos fazer a coisa de forma a evitar a deslocação de mais do que uma viatura de apoio. A solução adequada passaria pela utilização da carrinha do Pedro Nunes.
De véspera foi colocado um suporte no tejadilho e carregadas as bikes no reboque, que engatámos na carrinha, de forma a deixar tudo certinho para o dia seguinte. E aqui é que começam os problemas. E que problemas: O teste das luzes do reboque viria a resultar num curto circuito no sistema de luzes da carrinha. Imaginem isto pelas 23,30 horas. 
Com deslocações sucessivas a casa de uns e de outros lá se conseguiu arranjar um fusível compatível.
Julgando nós que a origem do problemas estava na carrinha do Pedro e dado do adiantado da hora, decidimos engatar o reboque no meu carro. Teste de luzes e mais ... um curto circuito, agora no meu carro.
Avaria solucionada e necessidade de rever a ligação eléctrica do reboque, que era afinal onde residia o problema.
Pôr suporte, retirar suporte, recolocar suporte, engatar reboque, desengatar reboque e voltar a engatar reboque o certo é que já passaria das 2,00 H da matina quando demos por findas as operações.
Quanto à voltinha:
As maluqueiras do costume. 
Uns com mais pedalada ... outros mais lentos.
As mesmas "loucuras" no Poço do Inferno, que este ano encontrámos com muito pouca (e suja) água.
As soberbas e únicas  paisagens da Serra da Estrela e a melhor água ... do mundo, em especial para a que brota do fontanário que está localizado na Nave de Santo António.
O grande obstáculo do dia acabou mesmo por ser o frio intenso e o vento forte acompanhado de cerrado nevoeiro que sentimos na ligação à Torre, depois da Nave de Santo António e que tão cedo alguns não irão esquecer.
Na descida lá tivemos que nos "embrulhar" em folhas de jornal.

Ficam algumas imagens.


(Preparativos da saída na Covilhã)


(Em direcção ao alto de S. Gião)


(Em direcção aos "Amieiros")


(Na PR 3 CVL - Fragas, com Verdelhos lá ao fundo)


(Atravessando Verdelhos, já nos domínios do PNSE)


(Trepando em direcção ao Poço do Inferno)


(Para trás ficava Verdelhos, ao fundo)


(Chegando ao Poço do Inferno, para espanto da acidental turista)


(No Poço do Inferno as "maluqueiras" do costume!)


 (No Poço do Inferno)


(A Rega do Luís)


(Em direcção à Nave de Santo António, com o vale glaciar do Zêzere à nossa direita)


(Vale glaciar do Zêzere, com Manteigas lá bem ao fundo)


(A foto possível, na Torre, junto ao "cogumelo" da GNR)

Pode visualizar ou descarregar mais imagens aqui


Os carunchos do dia foram:

Carlos Gonçalves
Luís Santos (Chapeiro)
Pedro Tondela
Carlos Russo (Ninja)
David Paredes
Pedro Nunes (Alemão)

Resumo do dia:

Distancia percorrida: +\- 76 Km Km
Velocidade média: 13 Km/h
Acumulado ascendente: 2591 m
Acumulado descendente: 2347 m

Grafico de altimetria:













Pode visualizar ou descarregar o TRACK do percurso aqui